quinta-feira, 24 de maio de 2012

Pensar pode...Falar não!!!


 “liberdade de expressão”: ou "Liberdade de pensamento"???

Não sei quem cargas d’água conseguiu tão mal e porcamente confundir “liberdade de expressão” com “liberdade de pensamento”, sem antes e até mesmo, entender e assimilar o conceito civil obrigatório a todos os cidadãos de bem: O que é a liberdade?
Consultando os filósofos Hilton Japiassú e Danilo Marcondes em seu “Dicionário básico de Filosofia”, encontramos as definições para liberdade:
“Do latim libertas, condição daquele que é livre. Capacidade de agir por si mesmos. Autodeterminação. Independência. Autonomia”.
Liberdade em um primeiro instante, então, é todo e qualquer ato em que o ser humano toma para si o direito e o dever principalmente de se autodeterminar, agir por si, independente de outros ou influências quaisquer.
Mas como somos seres que vivemos em sociedade desde remotos tempos, sim, devemos nos atentar às artilharias ideológicos-sociais e antropológicas que influenciam nosso modo de ver o mundo, o outro, o todo, auxiliando-nos ou prejudicando-nos, cabendo ao livre exercício de cada um escolher seu caminho, seu caminhar e seu olhar.
Seguindo ainda sobre “liberdade”, encontramos no referido dicionário:
  1. Em um sentido político, a liberdade civil ou individual é o exercício, por um indivíduo, de sua cidadania dentro dos limites da lei e respeitando os direitos dos outros. “A liberdade de cada um termina onde começa a liberdade do outro” (Spencer).
Aí é que começamos a entrar no campo da “liberdade de expressão”:
“A livre comunicação dos pensamentos e opiniões é um dos direitos mais preciosos do homem; todo cidadão deve portanto poder falar, escrever, imprimir, livremente, devendo contudo responder ao abuso dessa liberdade nos casos determinados pela lei” (Declaração dos Direitos Humanos, 1789)”.
Entendemos então que “liberdade de expressão” é só e somente o direito do indivíduo de falar o que bem convier, expressar-se livremente, mas pagar pelo abuso desse falar. Há penalidades para excessos em tudo, e se não houver, que se crie (PLC-122?).
É obrigatório um regulamento do que se é dito ao público no momento em que expor o que se pensa e sente fere o direito de outros, já que fica uma prova oral, social do abuso ou não desse conteúdo, de acordo com que atos se sucederão após o proferimento de tais palavras “de expressão”. Censura? Não, ética! É preciso e muito ética, dever público, responsabilidade social para com o outro.
Aliás, que burrice dessa gente-liderança que estimula o ódio em sua própria sociedade: quererá em breve então essa pessoa viver em uma sociedade odiosa, que tão logo odiará a ela mesma ou a um próximo seu? Pois as transformações sociais vêm com o tempo, que não é regulado no relógio como se espera, vem no decorrer da aceitação ou rejeição em sociedade, das cabeças que atinge para apoiar ou combater, uma verdadeira roda sem eixo, sem controle, sem direção.


Purificar O Subaé / Cantiga Para Janaina
 
Purificar o Subaé
Mandar os malditos embora
Dona d'água doce quem é?
Dourada rainha senhora
Amparo do Sergimirim
Rosário dos filtros da aquária
Dos rios que deságuam em mim
Nascente primária
Os riscos que corre essa gente morena
O horror de um progresso vazio
Matando os mariscos e os peixes do rio
Enchendo o meu canto
De raiva e de pena

O sobrado de mamãe é debaixo d'água
O sobrado de mamãe é debaixo d'água
Debaixo d'água por cima da areia
Tem ouro, tem prata
Tem diamante que nos alumeia

Nenhum comentário:

Postar um comentário