terça-feira, 30 de junho de 2015

Rimando sem morte

REMANDO COM A SORTE
Claudney Alvarenga

Rio de minha Aldeia sem norte
Singro te remando meu teimoso bote
Serpenteio tuas escamas brilhantes
Rastro de víboras, cacos de vidro
Falsos diamantes.


Eu rio da Vida no tanger das tardes estranhas
Eu rio de lagrimas no mugido do gado as entranhas

Eu rio das águas que sugam as gigantes montanhas.
Eia remo, EIA RIMA! Não param os êmbolos engrenagens motores
Hôa peões, reis e cavalos doutores.

Há corda! -Amarrem as velas do vendaval
Acorda! - Desatem os NÓS do varal do quintal

Calma! Ria: Tem um fio que brota na fonte
Calmo rio, silencioso debaixo da ponte...


A jusante tem ouro a montantes

Vil tubos de metal cortantes
Sugam teu leito peixes/gentes mutantes
Lambem suas lamas. Vingam desertos
Calam os dramas?