Materiais sólidos em suspensão na
atmosfera, como poeira, pó e fuligem.
O tamanho das partículas é o critério utilizado
para a classificação destes materiais. Partículas mais grossas ficam retidas no
nariz e na garganta, provocando incômodo e irritação, além de facilitar que
doenças como gripe se instalem no organismo. Poeiras mais finas podem causar
danos ao aparelho respiratório e carregar outros poluentes "de carona"
para os alvéolos pulmonares, provocando efeitos crônicos como doenças
respiratórias, cardíacas e câncer. As pessoas que permanecem em locais muito
poluído por partículas inaláveis, são mais vulneráveis a doenças de forma
geral.
Material Particulado (MP) Material Particulado (MP), Partículas Totais em
Suspensão(PTS), Partículas Inaláveis (MP10) e Fumaça (FMC).
Sob a denominação geral de Material Particulado se encontra um conjunto de
poluentes constituídos de poeiras, fumaças e todo tipo de material sólido e
líquido que se mantém suspenso na atmosfera por causa de seu pequeno tamanho.
As principais fontes de emissão de particulado para a atmosfera são: veículos
automotores, processos industriais, queima de biomassa, ressuspensão de poeira
do solo, entre outros. O material particulado pode também se formar na
atmosfera a partir de gases como dióxido de enxofre (SO2), óxidos de nitrogênio
(NOx) e compostos orgânicos voláteis (COVs), que são emitidos principalmente em
atividades de combustão, transformando-se em partículas como resultado de
reações químicas no ar.
O tamanho das partículas está diretamente associado ao seu potencial para
causar problemas à saúde, sendo que quanto menores maiores os efeitos
provocados. O particulado pode também reduzir a visibilidade na atmosfera.
O material particulado pode ser classificado como:
Partículas Totais em Suspensão (PTS) Podem ser definidas de maneira
simplificada como aquelas cujo diâmetro aerodinâmico é menor que 50 µm. Uma
parte destas partículas é inalável e pode causar problemas à saúde, outra parte
pode afetar desfavoravelmente a qualidade de vida da população, interferindo
nas condições estéticas do ambiente e prejudicando as atividades normais da
comunidade.
Partículas Inaláveis (MP10) Podem ser diferentes de maneira simplificada
como aquelas cujo diâmetro aerodinâmico é menor que 10 µm. As partículas
inaláveis podem ainda ser classificadas como partículas inaláveis finas – MP2,5
(<2,5µm) e partículas inaláveis grossas (2,5 a 10µm). As partículas finas,
devido ao seu tamanho diminuto, podem atingir os alvéolos pulmonares, já as
grossas ficam retidas na parte superior do sistema respiratório.
Fumaça (FMC) Está associada ao material particulado suspenso na atmosfera
proveniente dos processos de combustão. O método de determinação da fumaça é
baseado na medida de refletância da luz que incide na poeira (coletada em um
filtro), o que confere a este parâmetro a característica de estar diretamente
relacionado ao teor de fuligem na atmosfera.
Dióxido de Enxofre (SO2) Resulta principalmente da queima de combustíveis
que contém enxofre, como óleo diesel, óleo combustível industrial e gasolina. É
um dos principais formadores da chuva ácida. O dióxido de enxofre pode reagir
com outras substâncias presentes no ar formando partículas de sulfato que são
responsáveis pela redução da visibilidade na atmosfera.
Monóxido de Carbono (CO) É um gás incolor e inodoro que resulta da queima
incompleta de combustíveis de origem orgânica (combustíveis fósseis, biomassa,
etc). Em geral é encontrado em maiores concentrações nas cidades, emitido
principalmente por veículos automotores. Altas concentrações de CO são
encontradas em áreas de intensa circulação de veículos.
Ozônio (O3) e Oxidantes Fotoquímicos “Oxidantes fotoquímicos” é a
denominação que se dá à mistura de poluentes secundários formados pelas reações
entre os óxidos de nitrogênio e compostos orgânicos voláteis, na presença de
luz solar, sendo estes últimos liberados na queima incompleta e evaporação de
combustíveis e solventes. O principal produto desta reação é o ozônio, por isso
mesmo utilizado como parâmetro indicador da presença de oxidantes fotoquímicos
na atmosfera. Tais poluentes formam a chamada névoa fotoquímica ou “smog
fotoquímico”, que possui este nome porque causa na atmosfera diminuição da
visibilidade.
Além de prejuízos à saúde, o ozônio pode causar danos à vegetação. É sempre
bom ressaltar que o ozônio encontrado na faixa de ar próxima do solo, onde
respiramos, chamado de “mau ozônio”, é tóxico. Entretanto, na estratosfera (a
cerca de 25 km de altitude) o ozônio tem a importante função de proteger a
Terra, como um filtro, dos raios ultravioletas emitidos pelo Sol.
Hidrocarbonetos (HC) São gases e vapores resultantes da queima incompleta e
evaporação de combustíveis e de outros produtos orgânicos voláteis. Diversos
hidrocarbonetos como o benzeno são cancerígenos e mutagênicos, não havendo uma
concentração ambiente totalmente segura. Participam ativamente das reações de
formação da “névoa fotoquímica”.
Óxido de Nitrogênio (NO) e Dióxido de Nitrogênio (NO2) São formados durante
processos de combustão. Em grandes cidades, os veículos geralmente são os
principais responsáveis pela emissão dos óxidos de nitrogênio. O NO, sob a ação
de luz solar se transforma em NO2 e tem papel importante na formação de
oxidantes fotoquímicos como o ozônio. Dependendo das concentrações, o NO2 causa
prejuízos à saúde.