Amapá multa Anglo American
em R$ 20 milhões por acidente
Multa foi aplicada pelo estado após vistoria
técnica em porto.
Acidente deixou 3 operários e 3 desaparecidos no município de Santana.
Acidente deixou 3 operários e 3 desaparecidos no município de Santana.
O
Instituto do Meio Ambiente e de Ordenamento Territorial do Estado do Amapá
(Imap) multou a empresa Anglo Ferrous Amapá Mineração, em R$ 20 milhões, após
vistoria técnica realizada no porto de escoamento de minério no município de
Santana, local onde ocorreu um desabamento que resultou na morte de três
operários e no desaparecimento de outros três.
O auto de
infração ambiental foi lavrado, na terça-feira devido, principalmente, às
várias toneladas de minério de ferro que caíram no rio Amazonas.
Área do
porto em Santana, onde houve o desabamento (Foto: Agência Amapá de Notícias)
O Imap
estabeleceu como parâmetro para definição do valor da multa as informações do
parecer técnico, que demonstram alterações sensíveis ao meio ambiente, o porte
do empreendimento e a gravidade do dano conforme estabelece a legislação
ambiental do estado do Amapá.
Procurada
pelo G1, a Anglo American informou que ainda não foi notificada
oficialmente do auto de infração e que a prioridade no momento é a busca pelos
desaparecidos.
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A
vistoria técnica, acompanhada por técnicos da Secretaria de Estado do Meio
Ambiente (Sema) e pela polícia civil, atendeu a pedido do governador do Estado,
Camilo Capiberibe (PSB), para que o acidente fosse investigado pelos órgãos
estaduais. A polícia também investiga a responsabilidade criminal pelas mortes.
Desmoronamento
no dia 28
Por volta da meia noite do dia 28 de março, um desmoronamento na área onde se localizava um píer flutuante da mineradora fez com que caminhões, guindaste e utensílios utilizados na atracação de navios que embarcam minério de ferro fossem jogados no Rio Amazonas.
Por volta da meia noite do dia 28 de março, um desmoronamento na área onde se localizava um píer flutuante da mineradora fez com que caminhões, guindaste e utensílios utilizados na atracação de navios que embarcam minério de ferro fossem jogados no Rio Amazonas.
A
Capitania dos Portos abriu um inquérito para apurar as causas do acidente.
A
mineradora atribuiu o acidente "a uma massa de água anormalmente grande
que se moveu pelo braço do rio", diz a empresa.
Em nota
divulgada na terça-feira, a Anglo American informou que solicitou ao
Comando da Marinha no Amapá um navio com a tecnologia sonar para auxiliar na
busca das vítimas que ainda não foram localizadas. A embarcação estava prevista
para chegar nesta quarta-feira e irá mapear o fundo do Rio Amazonas.
"A
tecnologia do navio soma-se ao helicóptero, que está sobrevoando desde ontem o
Rio Amazonas e afluentes, cobrindo uma área de pelo menos 100 km², a partir do
Porto de Santana-AP, para intensificar a procura dos três desaparecidos, iniciativa
novamente promovida em parceria com o Corpo de Bombeiros Militar do Amapá.
Desde o início do trabalho de resgate, a Anglo American disponibilizou duas
lanchas para percorrer o perímetro; um guindaste sobre uma balsa, que foi
instalado no último sábado (30) para içar as estruturas submersas; e contratou
mergulhadores especializados que, desde domingo, avaliam as condições e definem
os equipamentos a serem utilizados no trabalho alinhado com os bombeiros. A
empresa se empenha ainda em trazer os mais modernos recursos tecnológicos para
ampliar as probabilidades de sucesso das buscas", afirmou a Anglo
American.
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