sexta-feira, 4 de novembro de 2011

Melancolica melodia da multiplicação






Claudney Alvarenga






Um rio serpenteia montanhas saciando a sede do rebanho
Nos seus cascos carregam um entardecer estranho
O Rio que também é um peixe de brilhantes escamas
Anuncia para o amanhã um terrível mar de lamas.


 


 




 
Tudo tão já com hora e datas marcadas
Quem é o mandarim que dá as cartas?
Com a inocência de uma deslumbrada menina
Compramos um pássaro voando nos céus da China.


 


A fórmula da tristeza é água e sal
Do pranto que pressente um grande mal.
E vão se juntar ás águas do meu triste chorar
Aumentando o volume dos tubos que vão para o mar.


 


 
Para os capitalistas só interessa o progresso real
Por que um coração humano e não de metal?
Lágrimas derramadas só de diamantes
Que não molha risca os olhos de vidros distantes.




 
Mas as injustiças, as fomes, as sedes que habitam a cidade
Serão para muitos uma caótica realidade.
Poderão ser resolvidas “vagamente”
Sufocando com o vil minério nossa pobre gente.



 



Nenhum comentário:

Postar um comentário