Claudney Alvarenga
Um rio
serpenteia montanhas saciando a sede do rebanho
Nos seus
cascos carregam um entardecer estranho
O Rio que
também é um peixe de brilhantes escamas
Anuncia para o
amanhã um terrível mar de lamas.
Tudo tão já
com hora e datas marcadas
Quem é o
mandarim que dá as cartas?
Com a
inocência de uma deslumbrada menina
A fórmula da
tristeza é água e sal
Do pranto que
pressente um grande mal.
E vão se
juntar ás águas do meu triste chorar
Aumentando o
volume dos tubos que vão para o mar.
Para os
capitalistas só interessa o progresso real
Por que um
coração humano e não de metal?
Lágrimas
derramadas só de diamantes
Que não molha
risca os olhos de vidros distantes.
Mas as
injustiças, as fomes, as sedes que habitam a cidade
Serão para
muitos uma caótica realidade.
Poderão ser
resolvidas “vagamente”
Sufocando com
o vil minério nossa pobre gente.
Nenhum comentário:
Postar um comentário