terça-feira, 7 de agosto de 2012

Peixes no controle biológico de doenças:



CONTROLE
Peixe usado no combate à esquistossomose

Popularmente conhecida como barriga d'água, a esquistossomose está com os dias contados em algumas regiões do Vale do São Francisco. A Codevasf está desencadeando, nos Estados de Alagoas e Sergipe, o controle biológico dessa moléstia, por meio da introdução do tambaqui nos peixamentos de rios e açudes públicos. É que o tambaqui se alimenta de moluscos como o caramujo, hospedeiro natural do Schistosoma mansoni, verme que provoca a esquistossomose.



Os peixes que se alimentam dos moluscos parasitados não são infectados e a ingestão de sua carne não provoca nenhum dano à saúde da população. Além disso, os caramujos são uma das principais pragas da cultura de arroz irrigada e sua eliminação representaria um aumento da produtividade do cereal na região.

A esquistossomose pode provocar a morte das pessoas infectadas e já atinge cerca de 70% dos municípios alagoanos, segundo dados da Fundação Nacional de Saúde. A Codevasf também pretende utilizar nos peixamentos, nos demais Estados que compõem a bacia do São Francisco, espécies nativas do vale ameaçadas de extinção. Nesse sentido, a Estação de Hidrobiologia e Piscicultura da Codevasf, em Três Marias (MG), vem realizando pesquisas para conseguir em laboratório a reprodução de várias espécies.



Como resultado das pesquisas, em janeiro deste ano, os técnicos da estação conseguiram obter a reprodução artificial do pirá, peixe exclusivo da Bacia do São Francisco, considerado em fase de extinção. Devido à sua ocorrência exclusiva na região - o pirá não possui sequer parentes próximos em outras bacias brasileiras - a espécie é considerada o peixe-símbolo da bacia. Antes abundante em toda a extensão do rio, sua incidência agora está praticamente restrita à Bacia do Rio Paracatu. O pirá alimenta-se de larvas de insetos e caramujos, podendo ser usado, assim como o tambaqui, no combate ao caramujo hospedeiro intermediário da esquistossomose.

Câmara aprova obrigatoriedade de peixamento em represa
A Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania aprovou hoje o Projeto de Lei 5270/01, do Senado, que determina que os proprietários ou concessionários de represas são responsáveis pela produção e distribuição de alevinos (filhotes de peixes) em suas áreas de atuação.

O relator, deputado Odair Cunha (PT-MG), observou que grande parte dos concessionários já faz o que se chama de "peixamento", mas que é importante que essa ação seja obrigatória.

Meio ambiente
O autor do projeto, senador Álvaro Dias (PSDB-PR), explica que as empresas que exploram energia elétrica dos cursos de água também devem ser responsáveis por conservar o meio ambiente.

A manutenção da população de peixes das áreas de atuação da empresas também é fundamental para garantir a alimentação da população local e a manutenção da atividade pesqueira, argumenta.

 As medidas naturais utilizadas para o controle de pragas e restabelecimento para de ecossistemas são chamados controles biológicos. Podemos citar como exemplo de controle biológico:
·         - peixes no controle da esquistossomose
·         - peixes no controle de larvas de Aedes aegypti 
Todas essas medidas são viáveis economicamente e tecnicamente. E quando tomadas podem, de forma muito mais barata, controlar um grande número de pragas que são na verdade desequilíbrios de ecossistemas.

 

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