Aterros Sanitários
Os
aterros sanitários são o destino dos resíduos sólidos em 27% das cidades
brasileiras. Número bem abaixo do que o País precisa, mas que aumentou nos
últimos anos, segundo a Pesquisa Nacional de Saneamento Básico, do IBGE. http://www.ibge.gov.br/home/presidencia/noticias/noticia_visualiza.php?id_noticia=1691&id_pagina=1
Há uma década, esse mesmo estudo apontou que apenas 17% dos municípios
descartavam o lixo em aterros.
A
elaboração, em 2010, de uma norma técnica que define as regras para a criação de aterros
sanitários de pequeno porte http://www.abntcatalogo.com.br/norma.aspx?ID=59538trouxe um bom avanço ao setor. Antes só
existiam normas para aterros convencionais, de resíduos perigosos e da
construção civil.
O técnico
da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), Tarcisio de Paula Pinto,
destaca que a norma obriga a pensar nos requisitos ambientais e nas
características do local que vai receber o aterro antes de fechar o projeto.
A
manutenção dos aterros ainda é muito cara para os municípios. Por isso, a
resolução 404 do Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama)http://www.mp.go.gov.br/portalweb/hp/9/docs/res_conama_404_-_estabelece_criterios_e_diretrizes_para_o.pdf e a lei 11.107/2005http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2004-2006/2005/Lei/L11107.htm são complementares. A primeira
estabelece as diretrizes para o licenciamento ambiental dos aterros de pequeno
porte. A segunda, define normas para a gestão em consórcio intermunicipal.
O
compartilhamento de aterros sanitários entre municípios de uma mesma região é
uma estratégia defendida pela socióloga Elisabeth Grimberg,
coordenadora-executiva do Instituto Polis, tendo em vista a meta que o País tem
de acabar com os lixões até 2014. “É uma forma de reduzir os gastos públicos”,
afirma.
Energia
do lixo
Estima-se
que o Brasil possui cerca de 1.700 aterros sanitários, em que o solo é
preparado para que o lixo não prejudique o meio ambiente, não cause mau cheiro,
poluição visual ou a proliferação de animais.
A
decomposição dos resíduos gera chorume – um líquido poluente – e gás –
principalmente o metano, que também polui e é 20 vezes pior para o clima da
Terra do que o gás carbônico.
Mas o
metano pode se transformar em energia elétrica e em créditos de carbono. É o
que acontece com o gás produzido pelos 40 milhões de toneladas que estão
depositados no Aterro Bandeirantes, em São Paulo.
Desativado
desde 2007, o aterro tem 400 pontos de captura que transportam o gás para a
Usina Termelétrica Bandeirantes, que, por sua vez, produz energia elétrica com
capacidade para atender até 300 mil pessoas. O gás extraído é convertido em
tonelada equivalente de gás carbônico (crédito de carbono) e depois é
comercializado.
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