segunda-feira, 18 de junho de 2012

De quem é a Cúpula?..


 Quem decidirá o que para quem...
 
Evento realizado por organizações não governamentais e movimentos sociais do Brasil e do mundo denuncia o que considera a invasão dos interesses de grandes empresas transnacionais nas negociações da conferência da ONU sobre desenvolvimento sustentável. Assembleias e plenárias pretendem definir plataforma de lutas comuns em defesa dos direitos sociais e humanos
A Cúpula dos Povos foi aberta ontem, no Aterro do Flamengo, no Rio de Janeiro, com críticas às propostas em discussão na Rio+20, que começou na quarta e vai até o dia 22.
O clima é de ceticismo em relação à possibilidade de que a conferência da ONU (Organização das Nações Unidas) sobre desenvolvimento sustentável leve em consideração as posições das organizações da sociedade civil e mesmo que tenha resultados concretos.
“Não confiamos no que está sendo negociado [na Rio+20] e em seus possíveis resultados”, diz Cindy Weisner, da Aliança Popular pela Justiça Global, dos EUA, que faz parte da coordenação da cúpula. “Precisamos de soluções reais e aqui na Cúpula dos Povos é onde estão os verdadeiros defensores dos direitos e do futuro dos povos.”
Vinte anos depois, marchando para trás...


Vinte anos depois da Eco-92, a histórica conferência de meio ambiente da ONU (Organização das Nações Unidas), a constatação é que a atual agenda política brasileira vai na marcha ré.
Esta foi a opinião expressa por ambientalistas reunidos na manhã deste sábado na tenda do IDS (Instituto Democracia e Sustentabilidade) na Cúpula dos Povos – conferência paralela à Rio+20, organizada pela sociedade civil ao longo do aterro do Flamengo, na capital fluminense.
Contando com a participação, entre outros, do Greenpeace, do Ipam (Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia), Imazon e ISA (Instituto Socioambiental), os participantes concordaram que o novo Código Florestal foi apenas o início do retrocesso que setores conservadores do Congresso querem implementar – tudo com a chancela do governo.
“O governo brasileiro não apenas está se omitindo do debate para aprimorar a legislação ambiental e a governança, mas houve uma regressão”, avalia João Paulo Capobianco, do IDS. Para exemplificar seu argumento, além do massacre do Código Florestal, ele cita a Lei Complementar 140, que esvaziou as atribuições do Conama (Conselho Nacional de Meio Ambiente) e reduziu o poder de fiscalização do Ibama (Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis). “Infelizmente, esse grave retrocesso está apenas começando.”

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