Uma pilha pode contaminar o solo por cerca de 50 anos
Alguns objetos muito comuns no dia-a-dia doméstico têm, em sua composição, elementos químicos considerados perigosos, como mercúrio, cádmio, níquel, zinco, manganês e chumbo. Esses materiais estão nas lâmpadas fluorescentes, pilhas, tintas, restos de produtos de limpeza, embalagens de aerossóis – coisas sem as quais não conseguimos viver – e podem causar grandes estragos no meio ambiente e na saúde humana, caso não sejam descartados apropriadamente.
No Brasil, são produzidas aproximadamente 800 milhões de pilhas comuns por ano. Cada uma tem o poder de contaminar o solo por cerca de 50 anos. Nem todos os tipos de pilhas e baterias apresentam o mesmo risco ambiental, mas lançá-las ao lixo comum é um erro recorrente. E grave.
As pilhas e baterias em maior número no mercado são as não-recarregáveis de zinco-carbono, com baixos teores de mercúrio. São aquelas pequenas, que você usa no controle remoto ou no relógio de parede. As recarregáveis do tipo níquel-cádmio, assim como as baterias de carros, são de alto risco ambiental.
O mercúrio é considerado o elemento mais tóxico para o homem e grandes animais, podendo causar, dentre outras coisas, perda de memória, alterações de metabolismo, irritações a pele e danos ao sistema respiratório. O chumbo, também encontrado em tintas (como essas usadas em sinalização de trânsito), inseticidas e vidros, também causa perda de memória, dores de cabeça, distúrbios digestivos e tremores musculares. Os dois componentes também são usados na fabricação das lâmpadas fluorescentes. Por isso, é importante não descartá-las no lixo comum.
Os componentes tóxicos que contaminam o solo e a água chegam a animais e vegetais de regiões próximas e, pela cadeia alimentar, atingem a nós, seres humanos. Muitos resíduos contaminam por meio de inalação e pela pele, além de serem “cumulativos”, ou seja, continuam no organismo mesmo depois de anos.
O que fazer?
O importante é buscar o descarte correto para esses materiais em postos especiais de coleta em supermercados, estabelecimentos comerciais e redes de assistência técnica. Sites como o do CEMPRE (Compromisso Empresarial para Reciclagem) e o Ecycle listam alguns locais que recebem esse tipo de descarte. Agora, é com você!
Para saber mais:
Reciclagem de Pilhas e
Baterias
As pilhas
e baterias são compostas por metais maléficos à saúde do ser humano e nocivos ao meio ambiente,
como o mercúrio, chumbo, cobre, zinco, cádmio, manganês, níquel e lítio. No Brasil, são mais de 1 bilhão de pilhas e cerca de 400 milhões de
baterias de celular produzidas e comercializadas todos os anos.
Grande
parte das pilhas e baterias descartadas são jogadas no lixo comum sem nenhum
tratamento técnico específico. Desde o ano 2000, no Brasil,
há uma obrigatoriedade que exige que pilhas e baterias sejam fabricadas com
quantidades mínimas ou nulas de metais poluidores como os citados
anteriormente.
Essa
exigência faz parte da resolução n° 257 do Conselho Nacional do Meio Ambiente
(Conama) de 1999. A resolução foi lançada para coibir os pronunciamentos de
diversas empresas que insistiam em afirmar que o descarte de pilhas e baterias
no meio ambiente era algo naturalmente aceitável e não nocivo à saúde humana e
do meio ambiente.
Segundo o
Conama, só é possível jogar as pilhas no lixo comum se houver manejo
sustentável nos aterros sanitários. No Brasil, somente 10% dos
aterros são gerenciados com manejo. Muitas pilhas consumidas no Brasil são
provenientes de contrabando e são produtos que estão fora do padrão de
segurança e qualidade exigido pelo Conama.
Em nosso
país, a reciclagem de pilhas e baterias é mínima, as pessoas ainda
possuem a cultura de descartar pilhas usadas no lixo comum e de não levar uma
bateria de celular usada, por exemplo, nos postos de coleta das operadoras.
Segundo dados de 2008, somente 1% das pilhas descartadas são recicladas.
Cerca de
1% do lixo urbano é composto por resíduos sólidos tóxicos. Grande parte desses
resíduos, segundo o Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT) são restos de
lâmpadas fluorescentes, latas de inseticidas e tintas,
termômetros, pilhas e bateria.
Se a reciclagem
de pilhas e baterias em nosso país ainda não representa um número satisfatório
pela falta de consciência por parte do consumidor, postos de coletas nas lojas,
fiscalização nos procedimentos de retirada por parte das empresas e, sobretudo,
de uma legislação e educação que incentive tais causas para reciclagem, uma
forma de tentar mitigar o impacto ambiental causado pelas pilhas e baterias é
substituir, na produção, os metais pesados por novos insumos não nocivos .
Estuda-se a possibilidade de extinguir as pilhas
comuns pelas pilhas alcalinas ou por pilhas recarregáveis na tentativa de
diminuir o descarte e o uso de metais pesados.
Opinião do Blogueiro:
" É comum em nossa região vermos pilhas e baterias jogadas nos quintais, as vezes perto até de hortas; se deteriorando e liberando um veneno letal e silencioso: Cadmio, chumbo, manganês (que são metais pesados) um perigo a saúde. Com o avanço da tecnologia, mais e mais lixos eletrônicos vão se acumulando em nosso meio ambiente. Educação Ambiental é urgente; seguida de bons exemplos por parte dos órgãos Legisladores e Fiscalizadores."