Como Participar?
Assim como ações irresponsáveis de inúmeras pessoas
e organizações continuam a ameaçar nossos recursos naturais, notamos, por outro
lado, uma crescente disposição de muitos membros da sociedade civil à tomarem
iniciativas que auxiliem em reverter este quadro.
Em nossa vida diária, grande parte de nossas
atividades repercutem de alguma forma no meio ambiente. Seja pela queima de
combustíveis fósseis em nossos automóveis, pelo nosso consumo de alimentos,
muitos dos quais foram plantados ou criados em áreas que eram antes Mata
Atlântica, seja pelos recursos naturais que usamos em nossas casas, como
madeira, granito, ou água. Temos todos um “déficit” com o meio ambiente.
Ao nos tornarmos conscientes de nossa
responsabilidade individual e tomarmos iniciativas para auxiliar na diminuição
do quadro de depredação que está ocorrendo, estaremos ajudando a reverter este
quadro.
De forma a orientar os usuários do Florestas do
Futuro, desenvolvemos uma calculadora de carbono, através da qual você poderá
estimar a emissão de CO2 decorrente de suas atividades diárias, e financiar o
plantio do número de mudas necessários para compensar suas emissões. Ao
garantir o plantio destas árvores, no entanto, estará também fazendo sua parte
pela preservação de nossa biodiversidade e nossos recursos hídricos.
Aviso: os projetos de plantio somente serão
liberados quando todos os requisitos necessários e exigidos no Regulamento
Interno do Programa Florestas do Futuro estiverem preenchidos.
Você poderá também, ainda no cadastramento,
direcionar suas árvores para a “Floresta Empresa”, o que também não é
obrigatória por se tratar de uma Gincana entre algumas empresas participantes
do Programa de Fidelidade Empresarial, que irão incentivar parceiros clientes e
funcionários plantarem no site e direcionarem as mudas às suas florestas.
Os internautas que mais plantarem constarão na
lista dos Maiores Plantadores e poderão receber em algum momento um brinde da
SOS Mata Atlântica ou ser convidado a visitar um dos nossos projetos.
Qual se Compromisso com a Natureza?
Estudo realizado pelo Instituto Totum e pela Escola Superior de Agricultura
Luiz de Queiroz (ESALQ), da Universidade de São Paulo em parceria com a
Fundação SOS Mata Atlântica, estima que cada árvore da Mata Atlântica absorve
163,14 kg de gás carbônico (CO
2) equivalente ao longo de seus
primeiros 20 anos. O gás carbônico em excesso no ar é prejudicial, sendo uma
das substâncias responsáveis por mudanças no clima. O estudo foi feito com base
em análises de amostras do plantio de árvores nativas dos projetos
Clickarvore e
Florestas
do Futuro, programas de restauração florestal da Fundação SOS Mata
Atlântica.
Para fazer a estimativa, foi considerado um plantio médio de 1.667
plantas por hectare. A amostra abrangeu árvores de idades entre 3 a 11 anos,
sendo projetada uma expectativa para a idade de 20 anos. “Esta é a segunda
etapa do monitoramento dos plantios. Iniciamos o acompanhamento em 2007
somente em quatro áreas do projeto
Clickarvore as
quais remedimos no ano passado, além de incluir mais quatro áreas do
projeto
Florestas do Futuro. Isso nos permitiu ajustar a
curva de crescimento construída anteriormente, que na época apontava valor
de ca. 250kg de CO2e (gás carbônico equivalente) em 20 anos. Para chegar
ao resultado da projeção, consideramos idades e espécies de árvores diferentes,
no bioma, clima e diversidade da Mata Atlântica”, informa Fernando Lopes,
diretor do Instituto Totum.
O estudo também estimou o sequestro de gás carbônico desde o início da
implantação dos programas. Ao longo de 11 anos (de 2000 a 2011), o plantio de
23.354.266 árvores do Clickarvore retirou da atmosfera em torno
de 1,05 milhão de toneladas de gás carbônico equivalente, ou
seja, 7,27 kg de CO
2e por árvore plantada por ano. Já as
3.842.426 árvores do Florestas do Futuro sequestraram 194,23 mil
toneladas de CO
2 equivalente, o que corresponde
à remoção anual de 10,11 kg de CO
2e por árvore, de
2003 a 2011. As diferenças de absorção de CO2e entre as
áreas ocorrem devido a fatores diferentes, como espécie, clima e solo, que
impactam o desenvolvimento das árvores em cada local avaliado.
Para assegurar a restauração de uma área degradada com essências nativas, o
plantio deve seguir normas, como selecionar espécies adequadas para a região,
averiguar a qualidade de sementes e de mudas, preparar o solo para o plantio e
cuidar da manutenção da área. Se as normas forem seguidas, os reflorestamentos
serão mais eficientes na remoção de gases do efeito estufa da atmosfera, com
reconhecimento da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre a Mudança do Clima
(UNFCCC).
A análise de ambos os programas de reflorestamento avaliou oito plantios nas
regiões de Penápolis, Valparaíso, Ibaté, Andradina, Salesópolis, Itatiba e Itu,
em São Paulo; e uma região no estado do Rio de Janeiro, em Pinheiral.
Foram medidas e identificadas 2.496 árvores, de 128 espécies,
distribuídas da seguinte forma: 1.199 árvores, de 81 espécies, pelo
programa
Click Árvore, e 1.297 árvores, de 93
espécies, do
Florestas do Futuro. Para o cálculo de biomassa e do
carbono, o relatório considerou as árvores com Diâmetro à Altura do Peito (DAP)
igual ou superior a 5 cm.
Segundo Rafael Bitante,
Coordenador de Restauração
Florestal da SOS Mata Atlântica, o aquecimento global há alguns anos vem sendo
pauta nos noticiários e a cada dia, o reflexo desse fenômeno é sentido de maneira
mais frequente pela vida na Terra. Diante deste cenário, cada vez mais empresas
e pessoas procuram compensar as emissões de CO
2, apontado como um
dos principais gases causadores do efeito estufa (GEE). “A parceria com o
Instituto Totum e a Esalq são fundamentais para contribuir à ciência e
subsidiar esforços na mitigação destes efeitos unindo a experiência da Fundação
SOS Mata Atlântica na execução de projetos de restauração florestal para
compensação ambiental”, destaca.