segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013

Caminhando e plantando...

 



                                                                            
                                        Como Participar?
Assim como ações irresponsáveis de inúmeras pessoas e organizações continuam a ameaçar nossos recursos naturais, notamos, por outro lado, uma crescente disposição de muitos membros da sociedade civil à tomarem iniciativas que auxiliem em reverter este quadro.
Em nossa vida diária, grande parte de nossas atividades repercutem de alguma forma no meio ambiente. Seja pela queima de combustíveis fósseis em nossos automóveis, pelo nosso consumo de alimentos, muitos dos quais foram plantados ou criados em áreas que eram antes Mata Atlântica, seja pelos recursos naturais que usamos em nossas casas, como madeira, granito, ou água. Temos todos um “déficit” com o meio ambiente.

Ao nos tornarmos conscientes de nossa responsabilidade individual e tomarmos iniciativas para auxiliar na diminuição do quadro de depredação que está ocorrendo, estaremos ajudando a reverter este quadro.
De forma a orientar os usuários do Florestas do Futuro, desenvolvemos uma calculadora de carbono, através da qual você poderá estimar a emissão de CO2 decorrente de suas atividades diárias, e financiar o plantio do número de mudas necessários para compensar suas emissões. Ao garantir o plantio destas árvores, no entanto, estará também fazendo sua parte pela preservação de nossa biodiversidade e nossos recursos hídricos.
Aviso: os projetos de plantio somente serão liberados quando todos os requisitos necessários e exigidos no Regulamento Interno do Programa Florestas do Futuro estiverem preenchidos.
Você poderá também, ainda no cadastramento, direcionar suas árvores para a “Floresta Empresa”, o que também não é obrigatória por se tratar de uma Gincana entre algumas empresas participantes do Programa de Fidelidade Empresarial, que irão incentivar parceiros clientes e funcionários plantarem no site e direcionarem as mudas às suas florestas.
Os internautas que mais plantarem constarão na lista dos Maiores Plantadores e poderão receber em algum momento um brinde da SOS Mata Atlântica ou ser convidado a visitar um dos nossos projetos.
Qual se Compromisso com a Natureza?


Estudo realizado pelo Instituto Totum e pela Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (ESALQ), da Universidade de São Paulo em parceria com a Fundação SOS Mata Atlântica, estima que cada árvore da Mata Atlântica absorve 163,14 kg de gás carbônico (CO2) equivalente ao longo de seus primeiros 20 anos. O gás carbônico em excesso no ar é prejudicial, sendo uma das substâncias responsáveis por mudanças no clima. O estudo foi feito com base em análises de amostras do plantio de árvores nativas dos projetos Clickarvore e Florestas do Futuro, programas de restauração florestal  da Fundação SOS Mata Atlântica.
Para fazer a estimativa, foi  considerado um plantio médio de 1.667 plantas por hectare. A amostra abrangeu árvores de idades entre 3 a 11 anos, sendo projetada uma expectativa para a idade de 20 anos. “Esta é a segunda etapa do monitoramento dos plantios. Iniciamos o acompanhamento em 2007 somente em quatro áreas do projeto Clickarvore as quais remedimos no ano passado, além de incluir mais quatro áreas do projeto Florestas do Futuro. Isso nos permitiu ajustar a curva de crescimento construída anteriormente, que na época apontava valor de ca. 250kg de CO2e (gás carbônico equivalente) em 20 anos. Para chegar ao resultado da projeção, consideramos idades e espécies de árvores diferentes, no bioma, clima e diversidade da Mata Atlântica”, informa Fernando Lopes, diretor do Instituto Totum.
O estudo também estimou o sequestro de gás carbônico desde o início da implantação dos programas. Ao longo de 11 anos (de 2000 a 2011), o plantio de 23.354.266 árvores do Clickarvore retirou da atmosfera em torno de 1,05 milhão de toneladas de gás carbônico equivalente, ou seja, 7,27 kg de CO2e por árvore plantada por ano.  Já as 3.842.426 árvores do Florestas do Futuro sequestraram  194,23 mil toneladas de COequivalente,  o que corresponde à remoção anual de 10,11 kg de CO2e por árvore, de 2003 a 2011. As diferenças de absorção de CO2e  entre as áreas ocorrem devido a fatores diferentes, como espécie, clima e solo, que impactam o desenvolvimento das árvores em cada local avaliado.
Para assegurar a restauração de uma área degradada com essências nativas, o plantio deve seguir normas, como selecionar espécies adequadas para a região, averiguar a qualidade de sementes e de mudas, preparar o solo para o plantio e cuidar da manutenção da área. Se as normas forem seguidas, os reflorestamentos serão mais eficientes na remoção de gases do efeito estufa da atmosfera, com reconhecimento da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre a Mudança do Clima (UNFCCC).

A análise de ambos os programas de reflorestamento avaliou oito plantios nas regiões de Penápolis, Valparaíso, Ibaté, Andradina, Salesópolis, Itatiba e Itu, em São Paulo; e uma região no estado do Rio de Janeiro, em Pinheiral.  Foram medidas e identificadas 2.496 árvores,  de 128 espécies, distribuídas da seguinte forma: 1.199 árvores, de 81 espécies, pelo  programa Click  Árvore, e  1.297 árvores, de 93 espécies, do Florestas do Futuro. Para o cálculo de biomassa e do carbono, o relatório considerou as árvores com Diâmetro à Altura do Peito (DAP) igual ou superior a 5 cm.
Segundo Rafael Bitante, Coordenador de Restauração Florestal da SOS Mata Atlântica, o aquecimento global há alguns anos vem sendo pauta nos noticiários e a cada dia, o reflexo desse fenômeno é sentido de maneira mais frequente pela vida na Terra. Diante deste cenário, cada vez mais empresas e pessoas procuram compensar as emissões de CO2, apontado como um dos principais gases causadores do efeito estufa (GEE). “A parceria com o Instituto Totum e a Esalq  são fundamentais para contribuir à ciência e subsidiar esforços na mitigação destes efeitos unindo a experiência da Fundação SOS Mata Atlântica na execução de projetos de restauração florestal para compensação ambiental”, destaca.

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